quarta-feira, 9 de abril de 2014

I wanna scream.


E viver com esta vontade incontrolável de querer gritar sem me deixar ouvir a todo o momento, vai-me tirando a vida aos poucos. Ás vezes parece que aconteça o que acontecer, tu nunca vais mudar, nunca vais deixar de ser tão frio e distante, tão pouco importado com tudo aquilo que se passa à minha volta. Parte dessa culpa é minha, pois deixei que o fizesses. Deixei que entrasses no meu mundo, deixei que por momento o abalasses e o fizesses florir. Mas tão depressa tornas-te tudo tão acolhedor, como te limitas-te a virar costas e a deixar tudo secar. Agora tudo o que resta são cinzas, cinzas que nas quais eu me deito todos os dias e me limito a esperar que um dia regresses e voltes a fazer a tua magia. Enquanto isso, continuo aqui, agarrado ás palavras que um dia escreves-te, a tentar extrair delas, aquela força, aquela vontade de querer continuar a sonhar. Continuo aqui, preso pelos meus medos, aterrorizado pelas minhas inseguranças. E tu, limitas-te a seguir a tua vida sem querer saber da minha, continuas a fazer magia nos mundos de quem se cruza no teu caminho, como se esse fosse um poder teu, uma característica tua. E a verdade é que esse poder, essa tua característica, faz da minha vida um verdadeiro inferno.