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domingo, 10 de maio de 2015

(Re)Visão.


Os lençóis da cama onde dormi meses a fio são agora retirados com lágrimas nos olhos, todas as aventuras, objectivos alcançados e lembranças são colocadas em sacos e estou pronto para ir embora.

Não olho para isto como uma derrota embora olhe para estas quatro paredes com uma mágoa que me faz sentir sufocado, mas sim como uma etapa que mesmo com os seus altos e baixos chegou ao fim. Encaro-a com um sorriso no rosto porque sei que valeu a pena. Todas aquelas perguntas que há um ano atrás me atormentavam e faziam passar noites em branco têm agora uma resposta. Esse foi o meu grande porquê, foi o meu objectivo e esse posso tomar como concluído. E embora as respostas que obtive não sejam as que hoje me fazem sorrir, são a realidade, e por muito dura que ela seja por vezes, como o próprio indica, é a realidade. 

Fui feliz, vivi muito, sorri muito, mas também chorei. E há momentos que vão ficar para sempre cravados em mim, assim como as pessoas que na minha vida entraram e de certo irão continuar a provar-me todos os dias que tudo valeu a pena. Jamais irei esquecer os momentos em que foram fortes por mim, que se disponibilizaram a ouvir a qualquer hora da noite, e aquele abraço cheio de amor que tantas vezes recebi. Foram capazes de encarar os meus erros e mesmo assim encontrarem maneiras de permanecer do meu lado mesmo que os magoados tenham sido vocês e isso valeu o mundo, acreditem que valeu. No meu coração irão ter sempre um lugar, e esse fica agora com vocês, assim como todos os sonhos por realizar, os objectivos por alcançar e as aventuras por viver. Tudo isso vou viver do vosso lado, diante de vocês, porque bem à superfície está a vossa vontade de me ver vencer e eu vou conseguir. Por vocês e com vocês.

Mas agora chegou o momento de me fechar entre quatro paredes longe daqui, a necessidade de me voltar a encontrar chama mais alto e é-me impossível continuar a ignorá-la, porque enquanto o faço só me torno mais fraco, mais incerto do que quero e qual é o meu verdadeiro caminho. E embora eu o saiba, preciso de o manter bem forte no meu coração entre o silêncio e ausência de palavras. Isso vai ser uma luta que tem que ser travada longe do local onde me vi tão fraco, tão incapaz de tomar a decisão certa na hora certa cercando-me assim de erros, de pessoas erradas e perdas incontroláveis.

A minha meta foi estabelecida e o meu encontrar também, por isso posso dizer seguramente que isto é apenas um até já. Prometo.  

sábado, 25 de abril de 2015

A year can change everything.

Tentei não pensar muito nisto, foi mais uma peça que eu fiz sempre para que se mantivesse enterrada, mas a verdade é que o tempo vai passando e com ele, algumas datas vêm ao de cima. Elas, são sempre capazes de causar e trazer alguma saudade. 

Um ano passou e torna-se catastrófico olhar para trás e ver tudo aquilo que um dia tive e de que agora apenas restam saudades. Muitas delas, foram coisas, pessoas, que ficaram pelo caminho e ao perdê-las embora que tenham sido pedaços de mim arrancados à força, na altura nunca doeu. Ficou sempre o sentido de que aqueles espaços vazios, novos episódios e novas pessoas os iriam preencher. Mas isso nunca aconteceu. Esqueci-me de quem eu era, dos meus ideais e de tudo aquilo que fazia parte da pessoa que um dia fui. E essa pessoa, esse eu, era alguém que não precisava de muito ou de um outro alguém que não aquele que fazia parte do meu dia todos os dias para ser feliz. Agora deparo-me com todas as consequências dos meu actos, que me torna a mim o único responsável. Se hoje estou sozinho, se me sinto sozinho é apenas aquilo que semeei. Engulo a solidão, a falta que aquele triângulo de pessoas me traz e limito-me a caminhar sem rumo, sem saber o que traz de novo o dia de amanhã. Não posso negar, sinto-me livre, mas nem tudo nessa liberdade traz bons sentidos, muitos deles são apenas mais peças para que me possa culpar todos os dias pelos meu erros, mas também são aprendizagens e hoje posso dizer que sou uma pessoa que jamais iria cometer os mesmos. E isso traz-me algum conforto, alguma tranquilidade e paz de espírito, algo que já há muito tempo eu não conhecia. Tudo o resto, são peças e sentimentos que vou aprendendo a lidar com, são memórias que eu irei recordar sempre com saudade. Desde os pedaços de ''esferovite'' que comias. Desde os ''nhés'' que tanto gritavas quando nada parecia fazer sentido na esperança de que um sorriso nos meus lábios fosse desabrochar. Desde os abraços apertados, ás noites em que comigo dormias. Desde as saídas, ao relembrar do que era te ter na minha vida depois de tantos anos, que era sempre tão bom. São memórias que comigo irão sempre estar, vá eu para onde for, são pedaços de mim, que aconteça o que acontecer jamais serão arrancados. Tudo o resto, é história para contar.