segunda-feira, 25 de maio de 2015



Hoje é mais uma daquelas noites em que me perco em memórias, em palavras fruto de conversas antigas, em fotografias que tantas vezes me preencheram o coração e fizeram com que a saudade não fosse tanta. Nos dias de hoje, posso sentir saudades, mas jamais voltaria a cair no viver contigo do meu lado. Embora muitas vezes pense, queira voltar atrás, sei que iria estar a correr atrás de algo que já não existe, pois estas saudades, são de alguém que já não és tu, são de alguém que um dia foste ou transpareces-te ser. Mas sabes, à medida que vou lendo estas palavras apercebo-me de que gostei mesmo de ti, que revirei o meu mundo do avesso para assim permanecer do teu lado e fazer com que o ar à tua volta fosse mais respirável sem querer ter noção de que à minha volta tudo o resto se tornava tão tóxico, vazio e sem sentido. Embora estivesse consciente de que tu não eras para sempre, nunca me dei realmente ao trabalho de saber o que seria viver sem ti, do que iria sobrar. E não sobrou nada, apenas rancor, mágoa e assuntos por resolver. Culpo-me por ter vivido constantemente maravilhado com a tua presença, isso fez com que eu ignora-se tudo o resto e não tivesse a mínima noção do buraco fundo que estava a cavar, buraco que agora chamo de casa. Mas da mesma maneira que um dia me permiti a amar-te, hoje permito-me a lutar pela minha liberdade e bem estar. Sei que jamais te irei apagar do meu coração, tudo o resto é resto, mas as recordações, essas jamais serão apagadas e de uma forma ou de outra, tu irás estar sempre comigo. E embora pense nos dias em que ao te ter comigo me sentia mais completo. hoje simplesmente sinto-me quieto e mais uma vez, quanto a isso não mudaria nada, porque é melhor assim.